Trinidad Dominguez vai
desenvolver projeto de turismo acessível para a cidade, pensando em
2014
Embora
nova e projetada, Brasília tem carência gritante de acesso público em
geral para idosos e deficientes, mas o mais grave é não ter sido uma
cidade pensada para pedestres. A ponderação é da pesquisadora Trinidad
Dominguez, professora da Universidade de Vigo (Galícia, Espanha) que,
convidada do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília
(CET/UnB), vai dar aulas sobre Turismo para Idosos e Deficientes e atuar
em um projeto visando a melhoria da cidade para
2014.
“É um trabalho importante e
necessário para o momento olímpico”, afirma a pesquisadora, que ao longo
de um ano pretende investigar as carências da cidade e sugerir as
adequações e mudanças necessárias aos dirigentes de empresas e órgãos
públicos. Segundo ela, é preciso ver como Brasília poderá se adaptar para
permitir o acesso desses dois públicos a transportes, sinalização,
banheiros, portas e outras necessidades que, em apenas uma semana de
vivência, ela flagrou no Plano Piloto.
Doutora
em Turismo Acessível, Trinidad Dominguez conta que decidiu vir para o
Brasil quando tomou conhecimento da temática de atuação do CET/UnB, de
acentuado cunho social e pouco econômico. É o contrário do que ocorre na
Espanha, onde o turismo é de suma importância para a economia, segundo
enfatiza, por ser o terceiro país do mundo a receber o maior contingente
de turistas (França e Itália ocupam respectivamente o 1º e o 2º lugar
nessa estatística).
“Fiz
meu doutorado na Espanha, mas gostaria de estudar o tema aqui, porque o
Brasil é uma potência mundial econômica em expansão e o turismo é um
aspecto importante nesse âmbito”, explica-se a pesquisadora de 28 anos.
Ela conta que, na Espanha, os dois segmentos são significativos para o
contexto econômico, porque os aposentados de hoje adoram viajar, como
também os deficientes, que além do salário recebem uma pensão complementar
do governo.
Trinidad
Dominguez explica que, lá, após o levantamento das informações, os
pesquisadores da área elaboram relatórios e apresentam sugestões de
melhoria dos acessos pra os dois públicos. “E os ministérios aplicam no
que é possível”, afirma. Esse trabalho tem interface com História e
Antropologia, Arquitetura e Urbanismo, Informática e Cultura, e ela afirma
apostar na equipe do CET, que qualifica de bom nível multidisciplinar,
assim como na capacidade de influência da Universidade, para desenvolvê-lo
em Brasília.
Fonte: Release do Centro de Excelência em Turismo da UnB - Universidade de Brasília.
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